Dos sonhos e seus efeitos colaterais

Publicado em 23 Maio 2013,

Autor: Felipe Longhi Malheiro

Certa vez disseram a Sócrates sobre a existência de alguém que, apesar de já ter feito inúmeras viagens, mantinha-se tão ignorante quanto no começo delas, ao que o filósofo respondeu: \"Nem poderia ser diferente, pois ele sempre leva a si mesmo consigo\". Bem, se esse era o caso do tal grego, não foi o caso do Felipe. O bacharel em Direito viajou para a Nova Zelândia levando muito mais do que a si próprio. Desejava conhecer um novo país, queria jogar futebol mas levava também uma grande curiosidade intelectual. E, por fim, a vontade de se descobrir como ser humano, da forma como Sócrates imaginava que seu conterrÂneo deveria agir. Pois não é que deu certo? E agora, podemos dividir com ele o aprendizado. E que aprendizado! Este livro é o resultado prático da sua vivência do outro lado do mundo. As lições de virtude que ele passa são o ponto alto da narrativa. Elas nos permitem aprender, sem sairmos de casa, com a boa e a má sorte dele. E, quanto pior a sorte do Felipe, melhor a nossa, pois ele soube fazer uma leitura adequada da nova realidade e nos transmitir com precisão seus ensinamentos. Por essa, nem Sócrates esperava. Bem, dito assim até parece que a realização do Felipe foi algo convencional, que todos que viajam para o exterior acabam voltando enriquecidos com a experiência. Ah, quem dera fosse assim. Mas não é, e desde os tempos de Sócrates, como se pode ver. Por isso temos em mãos um livro especial, que merece ser lido. Um livro, digamos, pós-socrático. Airton Ortiz

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